sexta-feira, 27 de maio de 2011

"TYTA LUCTUOSA" E O CASAMENTO

Julgo tratar-se da "Tyta luctuosa".
Pode ver-se a diferença entre uma fotografia com a 200 e,quando deixam,com a macro.
Em cima notam-se reflexos de várias cores,em baixo parece preta e branca.

Alimentava-se num cardo.É nocturna.



Esta creme,não consegui identificá-la com certeza,tem um vôo pesado e lento.


* *

Claro,as borboletas também se casam,mas não por conveniência.

O que por aí vemos é um estranho casamento,por conveniências,a três.Cada um vai defendendo o seu umbigo,como lhes convém,mas sempre unidos,à mais leve ameaça,pelos seus,deles,interesses.

Os arrufos,mal disfarçados,não convencem ninguém.

Vamos acabar com "clubites"irracionais e vinculações patéticas a favor de roubo,corrupção, subserviência e uns quantos ossos.


Ou vamos continuar a defender quem nos declara guerra?


mário







Para satisfazer a curiosidade de algumas pessoas amigas aqui fica a prometida fotografia do fruto de "Aveleira" ,quase totalmente incluso num invólucro folheáceo.As flores macho são amentilhos e aparecem antes das folhas.

mário







terça-feira, 24 de maio de 2011

"MANIOLA JURTINA" E A TROVOADA

"Maniola jurtina" de asa aberta.
É uma fotografia nada fácil,pousa de asas fechadas e,só raras vezes,por um instante as abre.
Muitas tentativas,paciência e alguma sorte permitem uma ou outra fotografia assim.
Os registos que temos visto,ou são de exemplares mortos,ou alguém,com uma pinça de pontas,segura as asas.
Mantendo o princípio de só as fotografar na natureza e incomodando o menos possível,uso a persistência.

Aí está de asa fechada.



Uma nocturna,não consegui identificá-la com certeza.





Uma Laverca,com um gafanhoto para os filhos,fotografada,através do vidro da entrada,durante a trovoada de ontem,ainda molhada como um pintainho.

A tempestade não a intimidou,continuou à procura de comida para os descendentes.


* *

As trovoadas sempre me atrairam,dão fotografias belas,já por aí coloquei algumas,a natureza a expressar-se livremente como que a chamar a atenção para a nossa insignificância.

A de ontem esfarrapou-me as alfaces,não faz mal ainda deixou algumas.

Não estragou as favas,nem os carvalhos.

Hoje,enquanto semeava os chicharros barrentos,são uns pequeninos,quase minúsculos,da côr do barro,não sei se é daí que lhe vem o nome,ou será por serem semeados nas barreiras,são saborosos e pouco exigentes em nutrientes e água,pensava-esses patifes que tem enganado,roubado,vigarizado,.... quem acredita neles,e querem continuar a enganar,devo mandá-los à fava ou para o carvalho?


mário









domingo, 22 de maio de 2011

"RHODOSTROPHIA CALABRA" E AS DÚVIDAS

Esta é,a julgar pelos registos,uma "Rhodostrophia calabra",linda,com uns tons de rosa encantadores.
Vôa de dia,embora seja uma nocturna.




As minhas dúvidas começam quando fotografo esta,tem um comportamento bem diferente,embora também vôe de dia.É muito mais activa,poisa em hastes secas,e abana as asas imediatamente a seguir.



Não parece ser a mesma espécie e,embora o tamanho nem sempre seja diferenciador,é muito mais pequena.



Bem como esta,com côres bem mais vivas e manchas diferenciadas.




Os tons de fundo são,também,muito diferentes.

Há dimorfismo sexual em algumas espécies,isto é,variações cromáticas entre os sexos,os machos costumam ter cores mais vivas.

Mas as variações aqui são entre três exemplares.


(Clicar nas imagens pf)




Aqui ficam para os especialistas.Hoje,com as possibilidades técnicas,estão sempre a descobrir novas espécies até aqui consideradas uma só.


* *
Para quem tem outras dúvidas,por exemplo para dia 5,deixo aqui este mimo de um ....,um.....,sei lá deixo os adjectivos à vontade de cada um,eles,os adjectivos,também têm vindo a perder a intensidade suficiente para dizerem o que penso,um ... criado,de outro também criado,do criado coelho:
"mas porque é que uma pessoa no interior acha que, por se sentir mal, tem de ter uma ambulância à porta para a levar ao hospital mais próximo? Então não tem vizinhos?".

Ao que eles vinham já sabia.
Para quem não sabia,ou não queria saber,ou finge que não vê nem ouve,dizem-no,alto e bom som,ou mandam-no dizer,ou escrever, a algum criado.
É isto que querem?
Saúde só para eles;
Escolas só para eles;
Emprego só para eles;
Pão só para eles.

Preciso de dizer mais?

mário

sábado, 21 de maio de 2011

"LIMENITIS REDUCTA" E A FÉNIX

Desculpem a qualidade da fotografia,foi a única conseguida mas,a raridade do achado justifica .
É a "Limenitis reducta".Deve ser dos primeiros registos tão a Sul.
É belíssima,de um azul sonhador.
Mais uma pérola para o Vale do Mondego.(Clicar na imagem pf).


Um "Cartaxo",com alimento para os filhos.




Um "Estorninho" juvenil,gritando e abanando as asas para chamar a atenção dos pais,pedindo comida.






Uma "Alvéola",também juvenil,cheia de curiosidade ao ver-me direccionar a máquina.




* *


Temos observado bastantes juvenis e alguns casais em nidificação.


Oxalá desapareça a velhacaria.




É UMA ENORME SORTE VIVER UM TEMPO EM QUE O POVO SE LEVANTA.


FORÇA.


QUERO ESTAR EM TODAS AS PRAÇAS DO MUNDO.


mário











quinta-feira, 19 de maio de 2011

PARA CATARINA

PARA CATARINA
COM O POEMA DE JOÃO APOLINÁRIO :
É preciso avisar toda a gente Dar notícia, informar, prevenir Que por cada flor estrangulada Há milhões de sementes a florir.É preciso avisar toda a gente segredar a palavra e a senha Engrossando a verdade corrente duma força que nada a detenha.É preciso avisar toda a gente Que há fogo no meio da floresta E que os mortos apontam em frente O caminho da esperança que resta.É preciso avisar toda a gente Transmitindo este morse de dores É preciso, imperioso e urgente Mais flores, mais flores, mais flores.

* *
Não esquecerei,
mesmo que alguns queiram
apagar a memória,
aldrabar
modificar.
A história de uma nação
será sempre a história
do povo.
O resto?
coisas de tiranetes
imbecis
importantes
disfarçados
violadores de princípios,
democracias,
vidas
igualdades.




mário

quarta-feira, 18 de maio de 2011

"APORIA CRATAEGI"

COMO A QUERER CONFIRMAR O AFIRMADO ONTEM,AÍ ESTÁ

A "APORIA CRATAEGI".
Ernestino Maravalhas,na sua obra "asborboletasdeportugal",regista-a apenas no Gerês e Nordeste.
Já a tinha fotografado o ano passado.Voltou este ano,a confirmar o Vale do Mondego como seu habitat.Não foi uma passagem esporádica.

Resolveu mesmo deixar-se registar a efectuar a postura numa das suas hospedeiras favoritas,Pilriteiro ou Espinheiro-alvar,"Crataegus monogyna",que lhe dá o nome,de cujas folhas a lagarta se alimenta.Também gosta de "Prunus spinosa",vulgo Abrunheiro.



Aí estão os ovos,vamos tentar acompanhar o desenvolvimento,se algum predador não fizer deles a sua refeição.


* *

Nunca corrijo os meus textos,
não posso pegar num filho
acabado de nascer e
cortar-lhe o nariz ou
aparar-lhe as orelhas
Não mentem,
não se disfarçam,
sangram
em busca de algo
melhor.

mário
* *






Como é raro acontecer,poisa sempre de asas fechadas,hoje,aqui fica,de asas abertas.
É de uma beleza muito particular,parece desenhada a carvão.


mário

terça-feira, 17 de maio de 2011

PERCEVEJO DAS FLORES E PAÍS DESBARATADO

Foi a primeira vez que o observei,julgo ser um dos "Percevejos-das-flores".
Tem um tom muito belo de côr-de-rosa.

Este,embora não vulgar,já o tenho visto mais vezes.

Segundo o especialista em insectos,Max Frisch Stiller,que nos visitou atraido pela diversidade deste magnífico Vale,pode tratar-se de um juvenil.



Fez questão de deixar registar a sua presença.





Aqui,em plena acção,tentando capturar um insecto para melhor poder observá-lo e estudá-lo.

Escolheu alguns,pela sua especificidade,para estudar em laboratório.

Foi um fim-de-semana memorável.

Uma tertúlia deliciosa.

Quando não nos conseguiamos entender tinhamos a sorte de ter connosco o António e a Anabela para verterem de uma língua para a outra.

Muito obrigado Max


* *

Todos os amigos e especialistas,e muitos são,que por aqui passam,deixam uma questão:

Como pode abandonar-se à destruição imbecil,ignorante e criminosa em demarcação de teritório,um património natural ímpar?

Como pode não se aproveitar,dinamizar,proteger,divulgar?

Porque se deixa destruir,vandalizar e desertificar,quando se devia valorizar e desenvolver?


Ou desenvolvemos aquilo que temos ou nunca deixaremos de ser uns pedintes.


Apelar ao investimento estrangeiro?ao capital sem rosto?

Alguma vez nos deixou mais do que desempregados,ex-explorados,desesperados,na miséria e uma quanta sucata ?

Esta nação pode,se quiser,ter bem melhor.


mário









domingo, 15 de maio de 2011

MANUEL ANTÓNIO PINA - PRÉMIO CAMÕES

A conhecida avaria no blogger não permitiu,em tempo oportuno,a publicação desta mensagem.
Mesmo assim não quero deixar de trazer a publico a atenção,encanto e prazer com a leitura de MANUEL ANTÓNIO PINA.
Observador atento e sereno,
lúcido e sem tiques de exibicionismo.

Como pessoa leva-me a ainda ter esperança na humanidade.


Sobre o génio já outros com mais talento e habilidade escreveram.

Eu quero enviar um abraço de solidariedade,saudação e,sobretudo,agradecimento pelo enorme gozo e ensinamento retirado da sua leitura.

Perdoar-me-á o respigar de uma crónica este suculento naco:

"tenho um princípio de sobrevivência na estrada que consiste em dar sempre prioridade a um camião destravado (ainda por cima, este vê-se bem que faltou a alguma inspecção). Meto, pois, travões e ele que passe. É certo que, na sua fúria em contramão, o camionista atropelou repetidamente, provocando-lhe traumatismos vários, a pobre gramática da língua portuguesa. Mas gramática e ele que se entendam. Eu não me queixo. Podia ser pior, sei lá se o homem tem tomado a medicação."

A quem se refere o texto não quero mencionar,para lhe chamar o nome devido o princípio de educação não me permite,para lhe chamar o nome de baptismo seria fraco material mesmo para fazer compostagem.
Por outro lado andam por aí uns camiões desembestados a quem o texto cai como sopa no mel.

mário

Post scriptum:
O pai de Manuel António Pina é natural de Santa Maria de Porco,hoje rebaptizada Aldeia Viçosa,onde residiu até há pouco tempo.
Também Manuel António Pina se refere,à freguesia de naturalidade de seu pai,pelo nome antigo,aquele que transporta a história da aldeia.Nunca são as localidades,ou o seu nome,a envergonhar as pessoas,as pessoas,com os seus actos e atitudes,podem envergonhar,e muito,as localidades.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

ESCARAVELHO TRICORNE E A IDADE MÉDIA

À primeira vista julgava ser o Escaravelho das bolas,o tal que faz bolas com excrementos onde procria.

Não,era esta raridade,um tricorne.

As antenas têm riscas de côr.

(Clicar nas imagens para ver melhor pf).



Cogumelos,nascidos num tronco apodrecido de Sobreiro,nesta época.

É a primeira observação minha desta espécie.





Têm um tom alaranjado,espero não seja algum mau augúrio.


* *


Não resisti a roubar,com o devido agradecimento,ao "cinco dias",belo belogue colectivo:



“Na última semana beatificámos um papa,casámos um príncipe,fizemos uma cruzada e matámos um mouro.Bem-vindos à Idade Média!”

(Autor desconhecido)


Santa barbaria.

De facto andam por aí muitas excrecências excrementosas da idade média em forma de senhores feudais.

É cada vez mais urgente nova reforma agrária.

mário









segunda-feira, 9 de maio de 2011

"TRAÇA" E ALCOOLISMO

É uma borboleta "Traça",da família dos incurvarídeos.

São minúsculos,a envergadura vai de 12 mm a 22 mm,quase todas voam de dia.
Não são as roedoras da roupa,as lagartas roem mas umas folhitas.


Este aproxima-se mais dos percevejos.


Aí fica registado à espera de identificação.




Um escaravelho antes de ir ao barbeiro.


(Clicar nas imagens pf)




* *


Julgo eu,irritará qualquer pessoa ser roubada e,ainda por cima,ser tratada por imbecil.




Não imaginava poder tratar-se o alcoolismo com mais alcool.


Então a um alcoolico inveterado não deve ser recomendado abstinência?


Quando muito um cópito,antes do tratamento,para a ressaca não ser tão difícil.




Quando alguém está a gastar demais, pedindo emprestado,e tem dificuldade em pagar,deve,julgava eu,deixar de gastar demais e negociar uma forma possível de pagamento.


Pagando,o que deve,quando deve, com o rendimento de mais trabalho,mais produção,gastando só o indispensável.


Ou deve-lhe ser concedido mais e mais crédito,para dar algum ao credor,mal feito fora,e continuar a esbanjar?




Pega-se numa nação bêbeda,muito bêbeda,demasiado bêbeda,e,como tratamento,vende-se-lhe mais vinho a martelo.




Mas cuidado o barril do vinho só traz borras e meia dúzia de litros para dar aos mesmos.




Quem vai pagar a zurrapa é quem não bebe.




Pobre país,vais ter de tomar os medicamentos,que eles te impingem,para a cirróse toda a vida,se entretanto não morreres do tratamento,ou vais levantar-te e lutar?


mário















sábado, 7 de maio de 2011

A HORTA EM MODO DE PRODUÇÃO BIOLÓGICO

RECEBEMOS,TAMBÉM COM O PEDIDO DE DIVULGAÇÃO,E É COM PRAZER E ENTUSIASMO EMPENHADO QUE O FAZEMOS.
É UM EXCELENTE EXEMPLO.
O MODO DE PRODUÇÃO BIOLÓGICO É O ÚNICO QUE RESPEITA A NATUREZA E NOS RESPEITA A NÓS.
A NATUREZA NÃO É UMA FONTE INESGOTÁVEL DE RECURSOS A PILHAR,EM FAVOR DE UNS POUCOS E PARA DESGRAÇA DE TODOS.
mário

sexta-feira, 6 de maio de 2011

"PAPAVER RHOEAS" E ABRIL

Procurei-a em Abril,encontrei-a desmaiada,já triste,parece ter renascido.

Agora em Maio,com côr,como a anunciar,algo de novo é preciso.

Linda,também quando aberta.


Gosto de assinalar Abril com papoilas,os cravos tornaram-se de estufa,desmaiaram,sem côr,sem força,até mesmo os que os odeiam se servem deles.
Prefiro as papoilas do campo.




Lá aparece uma ou outra ave juvenil.Este "Phoenicurus ochruros",acho a sonoridade encantadora,lembra-me a poesia sonora.
Ainda agora nasceu e,aí está,com toda a força capaz de enfrentar o mundo.
Se assim fosse o povo....





Observa-me atentamente enquanto espera pelos pais.


Para os indecisos deixo aqui um video de reflexão.


mário

terça-feira, 3 de maio de 2011

"HELIOTHIS INCARNATA" E A FESTA DE MAIO

Estava à porta do Café Concerto,a ouvir boa música,sábado à noite.
É a "Heliothis incarnata".Linda.É nocturna.

Permitiu uma macro da cabeça.



E um registo mais lateral,foi o primeiro,mais distante não fosse voar antes do retrato.





Tem um penteado muito elaborado.

As antenas dão à cabeça um aspecto muito particular.


* *

A festa de Maio.

Desta vez,para mim,foi em Coimbra.

Encontrei velhos amigos.

Amigos solidários,daqueles que lutam mesmo pelos direitos de quem não quer gostar deles.

Amigos.

Foi uma festa,uma festa de amigos.

Nem faltou um grupo de nazis a provocar.

É para não esquecer as pedras do caminho.

Havemos de fazer a festa,a grande festa.

Se já por cá não andar

vão buscar-me.

Quero participar.

mário