sexta-feira, 29 de outubro de 2010

"PHOENICURUS OCHRUROS"

Esta bela fêmea de "Phoenicurus ochruros",vulgo Rabirruivo-preto,posou garbosa para a fotografia,
subiu para o palco,disse boa tarde e

levantou vôo.
É uma ave relativamente vulgar.A fêmea,muito dada e pouco receosa,permite alguma aproximação.O macho,com tons negros,é bem mais arisco.Quando aparecer já aqui o mostro.
mário
Post scriptum:
Ontem à noite o TMG,quem haveria de ser,deliciou-nos com um espectáculo,no Café Concerto,sobre SEBASTIÃO ALBA.
Um absoluto libertário e vagabundo.
Deixou alguma poesia que muito me agrada.
Vou,apenas,citar uma espécie de testamento rabiscado num papel:
"SE UM DIA ENCONTRAREM O TEU IRMÃO DINIS,O ESPÓLIO SERÁ FÁCIL DE VERIFICAR:DOIS SAPATOS,A ROUPA DO CORPO E ALGUNS PAPÉIS QUE A POLÍCIA NÃO ENTENDERÁ.".
Morreu atroplado numa rodovia.
De facto,todo este betão e alcatrão,é um progresso que nos atropela e mata.


quarta-feira, 27 de outubro de 2010

"PRUNELLA MODULARIS" E O ORÇAMENTO

Embora ainda no fim da muda parece-nos a "Prunella modularis".Quando ouviu falar de orçamento até ficou azulada.Parece adivinhar a velhacaria que aí vem.
Este ficou zangado.O "Saxicola torquata",vulgo Cartaxo,não quer ser confundido com os quer tachos.Não é imbecil nem ganancioso.
Também não quero continuar a ser vítima de extorsão.Não quero continuar a entregar o saque aos mesmos que levaram o país a esta situação.
Quero outro caminho.Outras soluções que sirvam todos,sobretudo os mais humildes e necessitados,e não os mesmos lambões de sempre.
Quero que paguem pelo que fizeram a este povo.
Quero entregar os impostos,já agora justos se faz favor,a alguém em quem possa confiar.
Quero leis que o povo entenda e possa fiscalizar.
Quando quiser ver palhaços e palhaçadas vou ao circo.

Até esta "Alauda arvensis",vulgo Laverca, está assustada.


Cantando desconfiada e encolhendo a crista.
mário
+ +
Post scriptum:
Enquanto rabiscava estas linhas começou mais um incêndio no Parque Natural da Serra da Estrela/Rede Natura 2000.
Então não está à vista.Tudo seco e a deixarem fazer queimadas.Que raio de gente é esta.Agora já se pode queimar,mesmo que o risco de incêndio seja grande,mesmo que se ponham áreas,ditas protegidas,em perigo.Parece que é tudo para acabar.
Que raio de leis.Quem as faz não sabe que nunca mandará na natureza.Ou será de propósito,com o diabo,sei lá.
Depois do que vejo e ouço começo a acreditar no impossível



domingo, 24 de outubro de 2010

STURNUS , "TROMBAMETRO" E "OLHÓMETRO"

Estes dois "Sturnus",vulgo Estorninhos,apanhei-os a dançar o "raspa".
Têm sido tão perseguidos e assassinados que se tornaram muito desconfiados.Deixam sempre um de vigia,num local bem elevado,enquanto comem.
Linda.Está à espera da refeição.Coloca uma pata em cada fio da teia.Servem de sensores.Quaisquer insectos presos no emaranhado de fios são imediatamente detectados.

Poisada no granito fica quase invisível.É uma nocturna.
+ +
Estou à procura de um "trombametro" ou seja um aparelho para medir trombas.
Temos verificado ser um método eficaz para avaliar o estado do povo e da cultura.
Passamos a explicar:
Quando alguém tenta levar por diante algum projecto cultural ou social,logo os donos disto mostram o seu desagrado.Cresce a tromba.Tudo tem de passar por eles e ser devidamente sensurado.
Se esse projecto,ou projectos,podem esclarecer o povo e fazer fugir os carneiros da cerca,então ficam trombejantes.
Que nada faziam,a não ser pelo umbigo deles,já sabia.Que fariam tudo para não deixarem os outros fazer também já esperava.
Até agora temos medido as trombas a "olhómetro".Mas,queriamos medir com precisão.
O povo há-de acordar um dia.
mário


sexta-feira, 22 de outubro de 2010

POLYOMMATUS ICARUS E A VIA GENITURINÁRIA

Embora esfarrapadas e descoradas ,sem me deixarem ver a outra face das asas o que facilitava muito,julgo serem "Polyommatus icarus".É uma das espécies com dimorfismo sexual.Enquanto o macho,em cima,apresenta esta tonalidade de azul,a fêmea,em baixo,
é castanha,embora com alguns laivos de azul,para condizer.
Há espécies com dimorfismo sazonal.Mudam a tonalidade conforme a época do ano,julgo,para condizerem com a tonalidade da paisagem e conseguirem assim um melhor disfarce.

Esta nocturna parece colada à folha de oliveira.Não consegui identificá-la com toda a certeza.Fica em reserva científica,como diz o amigo Nelson.
+ +
Hoje,a competência,o trabalho,a formação,a capacidade,foram substituidas pela via geniturinária.
Já nem sequer disfarçam.Para quê?É tudo legal.
Há muita coisa legal que não cabe na minha consciência.
Que porcaria de monarquia é esta disfarçada de república?
mário


quarta-feira, 20 de outubro de 2010

LAMPIDES BOETICUS E ERITHACUS RUBECULA

É uma nocturna que não conseguimos identificar.Lá que é uma beleza é.
O encanto de cenário escolhido pela "Lampides boeticus".

Aqui de asa aberta alimentando-se em posição acrobática.


Enquanto fotografava as borboletas observava-me atentamente o "Erithacus rubecula".Tem pouca luz mas gostei da pose e do enquadramento.
+ +
Ainda não encontrei nenhum animal a falar da crise.Quando ouvem a palavra olham para mim espantados,como quem diz:
Não nos exploramos uns aos outros;
Não ambicionamos mais do que necessitamos;
Não sabemos o que é dinheiro;
Não ambicionamos mandar nos outros;
Não estragamos a natureza;
Somos todos livres como passarinhos.
Não há pulhice nem ganância.
mário



segunda-feira, 18 de outubro de 2010

GAFANHOTOS - RESISTIR , LUTAR

Quando coloquei aqui um escaravelho preto e vermelho prometi colocar o gémeo,com as cores ao invés, ei-lo.
Um bombilídeo.Faz parte das moscas.Bem peludo e rechonchudo.

Esta fotografia lembra-me,por um lado o que este governo nos está a fazer,por outro lado a solução para a situação,olhem para o tamanho dos gafanhotos.
Se calhar,por lá,vivem melhor porque não deixam os grandes abusar dos pequenos.
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Quero deixar aqui um poema cantado por Goes dedicado a AMÉRICO e,através dele,a todos os que resistem e lutam.
Um abraço solidário,
mário


sexta-feira, 15 de outubro de 2010

"LOUVA-A-DEUS" PELA FOME E MISÉRIA

Ei-lo a pôr as patas em louvor pela fome miséria e desgraça que aí vêm.
Esta flôr de Outono,cresce amedrontada,na observação da desgraça em que nos querem lançar.

No chão de manta morta como a querer marcar a sepultura.
Será que vamos deixar.
Ou nos levantamos como povo,ou viveremos na escravidão do papel emporcalhado com a cara dos carrascos.
Não pode ser.Os nababos a roubar e os humildes a pagar.
Vem aí o 1 de Dezembro.É preciso outra restauração.
Deixo aqui o Zeca,quem havia de ser.
mário