quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Desafio de "BICHO CARPINTEIRO"

Esta beldade,com as rendas do saiote de minha avó,julgo ser uma ,"Dysgonia algira".


Este encanto é a "Acontia lucida".Identificadas com recurso ao portal do amigo Pedro Pires-Borboletas de Portugal.
A querida amiga Austeriana através do seu delicioso blogue "BICHO CARPINTEIRO",propoe-nos o desafio de-Dez livros que NÃO mudaram a minha vida.
Perdoar-me-á pois vou subverter as regras e identificar uma dúzia de autores que não mudaram,ou talvez sim,a minha vida.
Depois de me terem obrigado e decorar uma série de patranhas,claramente patranhas,da dita história de Portugal,fiquei sem grande gosto pelo romance.Prefiro livros para ler devagar,muito devagar,livros a que retorno,livros para ler como quem ouve boa música.
Em vez da história dos descobrimentos,li a História Trágico-Marítima.A Bernardo Gomes de Brito só deixaram publicar dois volumes.Os outros três foram,mais ou menos censurados.
O Albino Forjaz Sampaio agradou mais no retrato crítico da sociedade lisboeta e menos no naturalismo.Também andei pelo Raul Brandão.
Sartre foi o encanto dos 16/17.Eramos três amigos e colegas.Ainda assim comtinuamos,amigos,pois eles são ilustres figuras.Eu quis sempre continuar mais camponês do que erudito.Foram dias e noites de autênticos debates,às vezes,semi-públicos.
Depois os ideólogos da Revolução Francesa,Rosseau,Voltaire (o Francisco Maria) e o (Barão Carlos) Montesquieu.Depois Marx,o Karl.Intrometeu-se aqui Bernard Henri Lévy,inteligência brilhante,discurso fluente,memória de elefante,transportava a novidade.A tal cópula diabólica entre o fascismo e o comunismo.Foi a maior desilusão.O último livro que comprei "Quem matou Pearl",tive de o tomar como um remédio para conseguir acabar.É pouco mais do que a história de um americano da c.i.a.(o autor) nas madrassas do Paquistão.
Os Seareiros,não vou distinguir nenhum,encantaram-me até 74 quando a Seara Nova foi tomada de assalto por medíocres e psicopatas agressivos com ânsias de prestígio social.
Alguns livros consigo ler em música.As Mil e Uma Noites leio de quando em vez na Xarasade,ou SAHRAZAD,de Rhimsky Korsakov.
Volto ao Rio da Morte,`do amigo Rebanda.Tão interessante que teve de ser edição do autor.
Ando a acabar de digerir o Escrevo Risco do amigo Américo Rodrigues em co-autoria com Jorge dos Reis e Zigud.É uma história interessante e cheia de surpresas e simplicidades profundas.
Não,do Saramago tentei a Jangada de Pedra.Encontramos muita coisa que ficaria sofrível entre os séculos XV e XVIII.
Aliás os premiados nunca me seduziram muito.Encontra-se com muita facilidade a razão dos prémios.
Outros parecem pássaros engaiolados pelos grupos de interesses a que pertencem.E românticos,românticos prefiro os de há um ou dois séculos.
Livros ao Quilo,com arroz transgénico e macarrão não sou capaz de comprar.
Paul Auster vai ter de agradecer a Austeriana.Vou ler o livro dele que está a chegar ainda quentinho.
Pedia-me também para lançar o desafio a dez blogues,aqui ficam:
Cafe Mondego - Cantaro Zangado - Das plantas e das Pessoas - PARM -Ar da Guarda - Carris - Fernando Romão Fotografia e Natureza - Anfíbios e Répteis - Morceguismos - O Canto de Pandora.
mário



3 comentários:

  1. Desafio mais que cumprido! E lembrou-me alguns que li na adolescência (Montesquieu, Sartre, Marx, interessei-me por eles na altura do 25 de Abril)!
    Quanto a Auster, «A Invenção da Solidão» é o meu eleito: um livro que nos reduz à insignificância de existir. Muito inquietante.
    Boas leituras e um excelente ano de 2010!
    Abraço.

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  2. Minha cara Austeriana

    Li-os ávidamente numa altura em que estavam,quase,no index.Por isso nos marcaram tanto.
    Agora procuro sempre algo que incentive os neurónios.
    Vou seguir o conselho e ler A Invenção da Solidão,também o tal que acaba de chegar.
    Que o próximo ano nos deixe concretizar alguns sonhos e,sobretudo,nos deixe continuar a sonhar.

    Cordial abraço,
    mário

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  3. Olá.
    Actualmente não tenho muito tempo para ler, no entanto vou tentar falar um pouco sobre isso lá no meu canto. Talvez daqui a uns dias.
    Beijos

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