"PHOENICURUS OCHRUROS"

Esta bela fêmea de "Phoenicurus ochruros",vulgo Rabirruivo-preto,posou garbosa para a fotografia,

subiu para o palco,disse boa tarde e

levantou vôo.

É uma ave relativamente vulgar.A fêmea,muito dada e pouco receosa,permite alguma aproximação.O macho,com tons negros,é bem mais arisco.Quando aparecer já aqui o mostro.

mário

Post scriptum:

Ontem à noite o TMG,quem haveria de ser,deliciou-nos com um espectáculo,no Café Concerto,sobre SEBASTIÃO ALBA.

Um absoluto libertário e vagabundo.

Deixou alguma poesia que muito me agrada.

Vou,apenas,citar uma espécie de testamento rabiscado num papel:

"SE UM DIA ENCONTRAREM O TEU IRMÃO DINIS,O ESPÓLIO SERÁ FÁCIL DE VERIFICAR:DOIS SAPATOS,A ROUPA DO CORPO E ALGUNS PAPÉIS QUE A POLÍCIA NÃO ENTENDERÁ.".

Morreu atroplado numa rodovia.

De facto,todo este betão e alcatrão,é um progresso que nos atropela e mata.

"PRUNELLA MODULARIS" E O ORÇAMENTO

Embora ainda no fim da muda parece-nos a "Prunella modularis".Quando ouviu falar de orçamento até ficou azulada.Parece adivinhar a velhacaria que aí vem.

Este ficou zangado.O "Saxicola torquata",vulgo Cartaxo,não quer ser confundido com os quer tachos.Não é imbecil nem ganancioso.

Também não quero continuar a ser vítima de extorsão.Não quero continuar a entregar o saque aos mesmos que levaram o país a esta situação.

Quero outro caminho.Outras soluções que sirvam todos,sobretudo os mais humildes e necessitados,e não os mesmos lambões de sempre.

Quero que paguem pelo que fizeram a este povo.

Quero entregar os impostos,já agora justos se faz favor,a alguém em quem possa confiar.

Quero leis que o povo entenda e possa fiscalizar.

Quando quiser ver palhaços e palhaçadas vou ao circo.

Até esta "Alauda arvensis",vulgo Laverca, está assustada.

Cantando desconfiada e encolhendo a crista.

mário

+ +

Post scriptum:

Enquanto rabiscava estas linhas começou mais um incêndio no Parque Natural da Serra da Estrela/Rede Natura 2000.

Então não está à vista.Tudo seco e a deixarem fazer queimadas.Que raio de gente é esta.Agora já se pode queimar,mesmo que o risco de incêndio seja grande,mesmo que se ponham áreas,ditas protegidas,em perigo.Parece que é tudo para acabar.

Que raio de leis.Quem as faz não sabe que nunca mandará na natureza.Ou será de propósito,com o diabo,sei lá.

Depois do que vejo e ouço começo a acreditar no impossível

STURNUS , "TROMBAMETRO" E "OLHÓMETRO"

Estes dois "Sturnus",vulgo Estorninhos,apanhei-os a dançar o "raspa".
Têm sido tão perseguidos e assassinados que se tornaram muito desconfiados.Deixam sempre um de vigia,num local bem elevado,enquanto comem.

Linda.Está à espera da refeição.Coloca uma pata em cada fio da teia.Servem de sensores.Quaisquer insectos presos no emaranhado de fios são imediatamente detectados.

Poisada no granito fica quase invisível.É uma nocturna.

+ +

Estou à procura de um "trombametro" ou seja um aparelho para medir trombas.

Temos verificado ser um método eficaz para avaliar o estado do povo e da cultura.

Passamos a explicar:

Quando alguém tenta levar por diante algum projecto cultural ou social,logo os donos disto mostram o seu desagrado.Cresce a tromba.Tudo tem de passar por eles e ser devidamente sensurado.

Se esse projecto,ou projectos,podem esclarecer o povo e fazer fugir os carneiros da cerca,então ficam trombejantes.

Que nada faziam,a não ser pelo umbigo deles,já sabia.Que fariam tudo para não deixarem os outros fazer também já esperava.

Até agora temos medido as trombas a "olhómetro".Mas,queriamos medir com precisão.

O povo há-de acordar um dia.

mário

POLYOMMATUS ICARUS E A VIA GENITURINÁRIA

Embora esfarrapadas e descoradas ,sem me deixarem ver a outra face das asas o que facilitava muito,julgo serem "Polyommatus icarus".É uma das espécies com dimorfismo sexual.Enquanto o macho,em cima,apresenta esta tonalidade de azul,a fêmea,em baixo,

é castanha,embora com alguns laivos de azul,para condizer.

Há espécies com dimorfismo sazonal.Mudam a tonalidade conforme a época do ano,julgo,para condizerem com a tonalidade da paisagem e conseguirem assim um melhor disfarce.

Esta nocturna parece colada à folha de oliveira.Não consegui identificá-la com toda a certeza.Fica em reserva científica,como diz o amigo Nelson.

+ +

Hoje,a competência,o trabalho,a formação,a capacidade,foram substituidas pela via geniturinária.

Já nem sequer disfarçam.Para quê?É tudo legal.

Há muita coisa legal que não cabe na minha consciência.

Que porcaria de monarquia é esta disfarçada de república?

mário

LAMPIDES BOETICUS E ERITHACUS RUBECULA

É uma nocturna que não conseguimos identificar.Lá que é uma beleza é.

O encanto de cenário escolhido pela "Lampides boeticus".

Aqui de asa aberta alimentando-se em posição acrobática.

Enquanto fotografava as borboletas observava-me atentamente o "Erithacus rubecula".Tem pouca luz mas gostei da pose e do enquadramento.

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Ainda não encontrei nenhum animal a falar da crise.Quando ouvem a palavra olham para mim espantados,como quem diz:

Não nos exploramos uns aos outros;

Não ambicionamos mais do que necessitamos;

Não sabemos o que é dinheiro;

Não ambicionamos mandar nos outros;

Não estragamos a natureza;

Somos todos livres como passarinhos.

Não há pulhice nem ganância.

mário

GAFANHOTOS - RESISTIR , LUTAR

Quando coloquei aqui um escaravelho preto e vermelho prometi colocar o gémeo,com as cores ao invés, ei-lo.

Um bombilídeo.Faz parte das moscas.Bem peludo e rechonchudo.

Esta fotografia lembra-me,por um lado o que este governo nos está a fazer,por outro lado a solução para a situação,olhem para o tamanho dos gafanhotos.

Se calhar,por lá,vivem melhor porque não deixam os grandes abusar dos pequenos.

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Quero deixar aqui um poema cantado por Goes dedicado a AMÉRICO e,através dele,a todos os que resistem e lutam.

Um abraço solidário,

mário

"LOUVA-A-DEUS" PELA FOME E MISÉRIA

Ei-lo a pôr as patas em louvor pela fome miséria e desgraça que aí vêm.

Esta flôr de Outono,cresce amedrontada,na observação da desgraça em que nos querem lançar.

No chão de manta morta como a querer marcar a sepultura.

Será que vamos deixar.

Ou nos levantamos como povo,ou viveremos na escravidão do papel emporcalhado com a cara dos carrascos.

Não pode ser.Os nababos a roubar e os humildes a pagar.

Vem aí o 1 de Dezembro.É preciso outra restauração.

Deixo aqui o Zeca,quem havia de ser.

mário

"POLYOMMATUS ICARUS" E O MALATO ORFÃO

Aparecem sempre nesta altura várias azulinhas para aproveitarem a floração do trovisco.Esta julgo ser "Polyommatus icarus".

Para quem acha as moscas feias aqui fica esta beldade.É minúscula,três ou quatro milímetros.

(Clicar na imagem para aumentar).

E este encantador escaravelho.Também está fotografado com a macro 1+10.Andava a passear ao Sol.

Começam a aparecer ,com as chuvadas de Outono,os primeiros cogumelos desta época.Este é um "Agaricus campestre",julgo.Delicioso e comestível,foi o meu jantar.Foi um cogumelo primo deste,o "Agaricus bisporos",que originou aquele tão divulgado,e indevidamente baptizado,de Paris,cultivado artificialmente e tão divulgado.

São conhecidos vulgarmente por Cacavinas ou Psaliotas.

+ +

Antes de mais,e para que não haja confusões não vá o diabo tecê-las,malato é um carneiro com cerca de um ano.

Com essa idade já não deveria mamar.

Tivemos aqui um,ficou orfão,e,em vez de comer como todos os outros,só berrava e tentava mamar nas mães dos mais pequenos,daqueles que não pudessem defender-se.

Fazia-me lembrar a nação.

Sempre à espera de um qualquer sebastião ou sebastiona,mesmo que saibam ser um padrasto ou madrasta.

Há é que mamar algo que ainda reste aos mais pequenos e humildes.

Tudo à espera de um qualquer salvador da pátria dos outros.Tudo a querer plantar árvores das patacas ou pensando que cá se podem cultivar bananeiras.

Pois,se nós não fizermos,ninguém fará nada por nós.Muito menos aqueles que puderam e nada fizeram até aqui.

Acreditar,ou num salvador ou,no povo.

Acredito no povo.

mário

Post scriptum:

Deixo aqui Luis Goes com a canção de Coimbra "É preciso acreditar".

Cruzei-me com Luis Goes,em 1965,na Guiné.

Recordo ainda,como se fosse hoje,a serenata de despedida em Bissau.

Uma voz que me encanta.O tema também.

O ARANHIÇO VERMELHO E NAÇÃO ABARREGADA

É tão minúsculo que sempre me pareceu um pulgão ou piolho.Apontada a macro surge esta aranha.Magnífica,de um vermelho vivo.Aqui fica o registo.Algum especialista poderá auxiliar na identificação.

A bela joaninha.É o símbolo da agricultura biológica.Ajuda no combate aos polgões.Come às centenas.

É um bom indicador ambiental.

Mais um belo louva-a-deus.Com aquele abdómen proeminente parece um pato bravo inchado de imbecilidade e arrogância.

Esta "fabaceae" resolveu,mesmo a destempo,aproveitar a chuvinha que veio e brindar-nos com algumas flôres.

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Parece que estamos numa quinta abarregada.

Já só discutem como dividir o saque.

Vamos continuar a carpir?

Bonda de extorsão.

"Muda de rumo,muda de rumo....".

mário

O ESCARAVELHO PROGRESSISTA E A JUSTIÇA

Este escaravelho encanta-me.Devem ser as cores.Há outro,muito similar no tamanho,com as cores ao invés vermelho por cima e preto por baixo.Quando o fotografar pô-lo-ei por aqui.

Este parece fortemente armado.Deve estar mais consciente da situação.

Na fase do cio estão abstraidos do mundo.Poderia ter feito algo melhor,não podia incomodá-los,havia de respeitar a intimidade.

Ainda apareceu esta minúscula aranha,clicando na imagem,podem ver-se os palpos como duas pinças na parte anterior do corpo.

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A justiça,como todos os outros sectores,sempre teve bons e maus.

Há épocas mais propícias a distinguir o que é bom.Não parece ser esta.

A justiça nunca foi popular.Sempre de élites para élites.Tal como a lei.

A justiça só o será verdadeiramente quando o povo a puder controlar.Para isso é necessário limpá-la de truques,subterfúgios,incongruências,habilidades saloias e desnecessárias complexidades.

É preciso torná-la claramente justa.

Um pedacito de diálogo entre dois causídicos:

1º-Este artº. é perfeitamente claro.

2º-De um artº. claro faço eu,com facilidade, vinte interpretações.

Que faria se o artº. fosse escuro.

mário

O ESCARAVELHO CAMURÇA E A LEI

A natureza presenteia-nos com cada coisa.Este magnífico escaravelho camurça,digo eu,tentava passar despercebido no meio da erva seca.É um encanto,parece coberto de pêlo castanho.

Esta bilha de tamanho redizido,tem poucos milímetros,deve ser o ninho de,talvez,uma pequenina vespa.Encontra-se colada a uma palha de feno.Como é possível um insecto fazer,sem qualquer meio auxiliar,obra tão perfeita.Para quem a observa com alguma atenção a natureza torna-se,cada vez mais,digna de respeito e admiração.

Ao lado da bilha estavam estes minúsculos fungos.Crescem nas palhas secas.São quase invisíveis a olho nu.

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Que terá a lei a ver com escaravelhos.A da natureza tudo.A dos homens nada.A lei dos homens parece já só ter a ver com mesquinhos interesses de poucos.

A LEI DEVE SER JUSTA E IGUAL PARA TODOS - DIZEM.

Se uma senhora idosa,delicadamente,colocar um pézinho em propriedade alheia para colher uma flôr,pode ser expulsa,mandada identificar e até processada por invasão de propriedade.

Se um qualquer energúmeno armado,com ar de "marine",entrar por aí adentro,aos tiros a tudo o que mexe,com a arrogância e cobarde coragem que lhe dá uma arma,destruindo,pisando,matando e até roubando NÃO SE LHE PODE SEQUER PEDIR PARA SAIR - ANDA À CAÇA - MESMO QUE SEJA NUM PARQUE NATURAL E REDE NATURA 2000.

A PETIÇÃO PELO FIM DA CAÇA NA REDE NATURA 2000 TEM QUASE 4.000(quatro mil) ASSINATURAS.

LEIA E ASSINE AQUI.

mário

EM PALPOS DE ARANHA

Têm aparecido bastantes aranhas.Esta,dourada,estava numa folha de Salva.Assuma uma forma peculiar julgo para se disfarçar.È diminuta.

Pequenina,pequenina esta maravilha.Até com a macro custava a ver.Os tons de castanho ajudam,no meio do musgo,a ser muito difícil de descobrir.

A olho nu parecis uma borboleta nocturna.Focada a macro apareceu esta semente.

(Clicar nas imagens para aumentarem).

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A res publica está em palpos de aranha.

É uma república demasiado monárquica.Há por aí reis,reizinhos,senhores feudais,lordes,fidalgos e eminências.

A pele e o osso dos poucos que ainda trabalham não dão para tanto.

É mais que tempo de reimplantar a República.

mário

"BORBOLETA ESPANADOR" E ESPANASCAR

Faz-me lembrar um espanador.O extremo da cabeça parece um detector.
adivinhavam a chuva que aí vinha.Vieram recolher-se no musgo da fraga voltado a Norte.Sabem que aí não se molham. (Clicar para aumentarem).

Estava completamente disfarçada.É minúscula,basta comparar com o musgo.

E ainda esta beldade.Para quem as observa,sem grande atenção,parecem todas iguais e meias pardas.Não,são muito belas.Algumas até bem garridas.

Esta miniatura,terá dois ou três milímetros,veio visitar-me à mesa do alpendre.Também adivinhava a mudança de tempo.Sempre mais conhecedores da natureza,e suas regras,do que os humanos.Não querem mudá-las,as regras,querem interpretá-las e viver de acordo com elas,evoluindo sem destruir.

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Esta chuvita,já tão necessária,lembrou-me as limpezas.Não vão lá com tão pouca água.

É URGENTE ESPANASCAR O PODER,O PAÍS.

LIMPAR ESTA ENORME PANASQUEIRA.

ACABAR COM ESTE PANASCAL.

NEM QUE TENHA DE SER,NÃO HAVENDO MELHOR,AOS PANÁZIOS.

mário

A MAIS PEQUENA BORBOLETA

É UMA BELEZA QUE SÓ A MACRO NOS PERMITE VER.TERÁ CERCA DE 2 (DOIS) MILÍMETROS.
Quando ensaiava a fotografia esgueirou-se.Ficou esta experimental.Não está grande coisa,fica como registo.

Um daqueles aranhiços lindos.Às vezes juntam-se,às centenas,nas paredes dos lugares húmidos.

Um paraquedas,já sem nada pendurado.Espero que não tenha trazido mais algum sacripanta.Já cá há que bonde.É uma forma engenhosa de algumas sementes se fazerem transportar,pelo vento,a grandes distâncias.

Um minúsculo escaravelho.À primeira vista e a olho nu parece preto.Apontada a macro aparece assim.Aqui escondeu a cabeça.

Coloquei-o na mão e,com ginástica,saiu isto.Uma beleza.

+ +

No dia da música vamos ter no TMG (Teatro Municipal de Guarda) o maestro António Vitorino de Almeida.

A nossa cabeça parece funcionar como o nosso estômago.Uma vez empanturrada não cabe lá mais nada.

O poder sempre soube disso.

Empanturra o povo com os seus próprios excrementos,a alguns até tem o desplante de chamar culturais,fado,fátima e bola,dizia a nau catrineta,e já não há lugar para mais nada.

Cultura?"Cada vez que ouço falar disso levo a mão à pistola".É o que fazem os tiranetes ou mandam fazer aos jagunços e capangas ao seu serviço.

Tirem-lhe o masseirão,tirem-lhe o masseirão.Ou então fia-te na virgem e não corras e verás o trambulhão que ainda aí vem.

mário