VAMOS A ELES,SEM MEDO.
ALI NAJJAR
IRAQUIANO-2O11
Domingo era dia de festa,não sei a quê,nem porquê,era.
Pelo desaparecimento físico de alguém próximo não ando com vontade de festas.
Nunca tive paciência para imbecilidade,conservada em álcool,de aprendizes de regedor.
Fui despedir-me dos rios assassinados.
Tudo esventrado,esburacado,bombardeado,feridas profundas,assassinos sem escrúpulos,como quem,meticulosamente,destrói um país.
Antes da história,espero que sejam julgados,não pelos tribunais deles,pelas leis deles,PELO POVO.
Regressei pela Barca,queria comprar uns quilitos das excelentes laranjas daquela região.
Não,já ninguém vende.
Têm medo dos esbirros.
Não têm facturas.
Têm de dar,aquilo que tanto lhes custa a cultivar,por dez réis de mel coado,aos intermediários que ainda fazem o enorme favor de lhes ficar com as coisas.
Pulhas,bandidos,ladrões,traidores,assassinos.
Acabam com o interior.
Matam à fome quem trabalha.
Bombardeiam o país,com leis criminosas.
Estamos em guerra.
Vamos às armas.
Desobediência civil.
Até à vitória.
Dedico-lhes o quadro do pintor iraquiano ALI NAJJAR,monstros de sangue.
mário