Boa tarde a todos,muito obrigado por
terem vindo.
É costume começar por justificar a
razão da candidatura,penso,como sempre pensei,não ser necessária
razão especial para a intervenção cívica,é dever de todos.
Mas,se razões fossem necessárias:
O país,em geral,a Guarda em
particular,definham sob o peso de uma política opressora,exploradora
do povo e dos trabalhadores,dirigida para favorecer o capital e
espezinhar as pessoas em geral e os mais humildes em particular.
Ou concordamos,ou lutamos.
Sempre estive do lado da luta.
Aceitei candidatar-me à Câmara
Municipal da Guarda,apoiado por uma equipa
coesa,dinâmica,consciente,lúcida e capaz porque:
Conheço bem a Guarda,e o
concelho,sinto os seus problemas,contacto diariamente com as
dificuldades,a miséria,o desespero e a vontade de uma vida
melhor,digna,das populações;
Temos soluções,projectos,ideias
novas,vontade e capacidade,com provas dadas,para resolver as
situações.
O desemprego varre a cidade e o
concelho,o comércio,as pequenas e médias empresas fecham,a cidade
parece em coma induzido,nada mexe.
Só incentivando a produção se pode
ir reduzindo o flagelo.
“Se o campo não planta a cidade não
janta”,diz o povo e bem.
Pois há que plantar.
Dar condições a quem planta e produz
para vender os seus produtos,sem exigências exageradas e absurdas;
Uma central de recepção da produção
regional (tantas instalações,com capacidade para tal,às moscas,a
degradarem-se e a cair aos bocados) e melhores condições do Mercado
Municipal,são um bom princípio.
Estipular contrapartidas e uma cota de
produtos locais e regionais,às ditas grandes superfícies.
Incentivos às raças,e sementes
autóctones.
Promoção da agricultura biológica.A
Maunça pode ser um bom ponto de partida para a necessária formação.
As cantinas do Estado devem dar o
exemplo.
Os incentivos à instalação de
investidores devem estar acompanhados de um rigoroso caderno de
encargos,tendo como preocupação primeira a manutenção de emprego
digno.
A Câmara deve estar ao serviço da
população e não ser um entrave ao desenvolvimento.Deve prestar
serviços,a preços moderados,em áreas onde tem pessoal e
capacidade.
O Politécnico tem de ser integrado e
chamado à cidade,como elemento dinamizador e não mantê-lo à
distância e isolado.Recuperar a parte velha para
alojamento,também,dos estudantes protocolados dos PALOP,e não só.
A integração da cidade,com ligação
dos vários bairros,e freguesias de todo o concelho,por transportes
colectivos eficientes e com horários adequados às necessidades de
mobilidade de toda a população,bem como percursos pedonais,sempre
que possível pelas hortas urbanas.Algumas ciclo vias onde ainda é
possível.
Por falar em hortas
urbanas,promovê-las,ampará-las e incentivá-las,em vez de se
sentirem ameaçadas pelo betão e alcatrão.
Consolidar o património evitando a sua
total degradação.
Desenvolver e aproveitar as capacidades
únicas da paisagem do concelho,com especial atenção para
o Parque Natural da Serra da Estrela.
Alargamento da área do parque natural
voltando a nele integrar a Barragem do Caldeirão,para melhor se
poder preservar a qualidade da água que usamos.
Lutar pela manutenção das
freguesias,criando incentivos à instalação,jovem e sénior,no
mundo rural.
Criar e dinamizar
roteiros,percursos,bem sinalizados e com informação adequada.
Promover,incentivar e divulgar a
produção artezanal e familiar.
Incentivar a recuperação da típica
construção rural.
A cidade não progride sem o campo e o
campo não sobrevive sem a cidade.
Criar uma estrutura pública para o
ensino especialisado das artes,nela associando algumas iniciativas já
existentes,aproveitando o ex-Hotel de Turismo.
Um coreto/palco,enquanto não for
possível construir a praça do teatro ,para exibições de música
popular,espectáculos de rua e para servir também de tribuna pública
aberta a todos os cidadãos e todos os assuntos,com inteira e total
liberdade.
Abrir a cidade à dita Cultura
Alternativa.
Queremos uma cidade
alegre,viva,saudável,de todos e para todos.
Estimular,com todo o apoio possível,o
Teatro Municipal da Guarda para que seja a casa de todos os
artistas,a começar pelos da Guarda e do conselho,e de todo o povo.
O nosso teatro municipal deve ser a
génese,tem de ser a génese,de todo o desenvolvimento.
Saneamento financeiro.
Há dinheiro,não há dinheiro?
A falta ou abundância do dito não
pode ser desculpa para o marasmo e retrocesso civilizacional.
Claro que há dinheiro,se for bem
gerido e bem utilizado.
Exigir do poder central o cumprimento
das suas obrigações,não pode haver transferência só de
competências.
Negociar a dívida escalonando-a de
forma a aliviar o garrote,para poder dar à cidade qualidade de vida.
Incentivar,motivar e apoiar uma
comunicação social mais interventiva,aguerrida,recuperando o
estatuto de intelectualidade avançada que sempre teve.
Começando nesse caminho,estou à vossa
disposição e conto convosco para divulgar o nosso programa,as
nossas ideias,os nossos projectos,as nossas iniciativas.
Viva a Guarda e o concelho.
Viva a CDU.
Viva Portugal.
mário