É trepada até à exaustão.Renasce sempre.
Assim será a natureza.
Que quem governa o mundo não vale nada,só pensa em dinheiro e poder à custa de miséria,fome,doenças,assassinatos,não recuando perante nada,já se sabe.
Agora querem açambarcar a própria fonte da vida,Fá-lo-ão,se deixarmos,sempre com capa de fingimento,agora chamando-lhe "economia verde".
Trata-se do assassinato,pela fome,de milhões de seres.
FAÇAM FAVOR DE LER O COMUNICADO ABAIXO,muito obrigado.
Comunicado de Imprensa
Rio+20 pode legitimar a maior apropriação de
recursos naturais comuns nos últimos 500 anos
Lisboa, 20 de Junho de 2012 - Duas décadas após a primeira Cimeira da Terra, a vida tornou-se mais difícil para a maioria dos habitantes do planeta. O nosso ambiente está a degradar-se rapidamente, a biodiversidade está a ser destruída, os recursos hídricos estão a escassear e o clima está em crise. Paralelamente, estamos a assistir à maior apropriação de recursos naturais para fins lucrativos na história da modernidade, um fenómeno que está a expulsar comunidades inteiras das suas terras e a impedir-lhes de aceder aos recursos que constituem o seu sustento há milhares de anos. A “economia verde” proposta no Rio+20 ameaça agravar a crise social e ecológica, legitimando o controlo sobre a terra, a água e a biodiversidade por parte de governos e corporações poderosos.
As Nações Unidas (ONU)
consideram que os últimos vinte anos foram de progresso e mudança, mas reconhece
que o desenvolvimento sustentável continua a ser um objectivo distante
(1).
Os níveis de desenvolvimento actuais foram
conseguidos à custa do agravamento das alterações climáticas, da insegurança
alimentar e da perda da biodiversidade e as evidências apontam para a
intensificação destes problemas, tornando mais urgentes as respostas adequadas.
Mesmo assim, as instituições supra-nacionais do ambiente estão
determinadas a propor uma nova dose do mesmo remédio. O tema central da Cimeira
é o conceito da “economia verde” que, segundo a ONU, oferece oportunidades para
melhorar a integração do desenvolvimento económico com a sustentabilidade
ambiental e o bem-estar social. No relatório extenso preparado pela UNEP
(Programa Ambiente das Nações Unidas) podemos ler que o nosso estado actual de
degradação ambiental se deve essencialmente à incorrecta aplicação de capital
(2). Substituindo capital “castanho” por capital “verde” e aplicando algumas das
lições da economia ecológica, o crescimento económico vai continuar a ser
compatível com a protecção ambiental.
O
que falta no discurso da sustentabilidade de 2012 é o que já estava ausente no
discurso de 1992: a ligação entre os impactos do comércio global e os problemas
ambientais e sociais. Enquanto o sistema capitalista não for travado na sua
busca de lucros à custa de recursos humanos e naturais, a “economia verde” não
será mais que uma nova forma de acumulação de capital. Só que o capital que está
agora na mira da indústria é constituído pelos recursos naturais e ecossistemas
que sustentam a vida na terra.
Segundo um estudo do ETC Group (3), alianças poderosas que atravessam
vários sectores da chamada “indústria da vida” (farmacêutica, sementes,
engenharia genética, agro-químicos, sector alimentar e também o sector da
energia) estão a preparar-se para a era pós-petróleo lançando o negócio da
biomassa, que transformará plantas, resíduos, óleos e algas em produtos de
elevado valor acrescentado, utilizando tecnologias ainda desconhecidas do
público, como a biologia sintética e a nanotecnologia.
Os
mecanismos propostos sob a égide da “economia verde” vêm facilitar esta
continuada exploração da natureza, sancionando a mercantilização dos recursos
naturais que até agora permaneceram no domínio público. Os maiores armazéns de
biomassa terrestre e aquática encontram-se nos países do Sul, cuidados por
camponeses, pastores, pescadores e povos da floresta, cuja subsistência deles
depende. Desde 2000, entre 80 a 230 milhões de hectares de terra rica em
recursos, uma área do tamanho do Noroeste da Europa, já foram retirados da
esfera pública, expulsando os povos que lá viviam há muitas gerações
(4).
Os
representantes no Rio+20 precisam de ser relembrados que quem alimenta o mundo
não é a indústria. A agricultura camponesa e os sistemas de produção local ainda
hoje fornecem comida a 80% das pessoas no mundo. Para que eles e elas continuem
a assegurar comida para todos e o equilíbro dos nossos ecossistemas, é preciso
quebrar a cadeia alimentar e reconstruir as teias alimentares: sistemas de
produção autónomos, locais, que visam o bem-estar local. A agricultura de base
camponesa tem o potencial de curar o solo, o clima, a biodiversidade e a
comunidade, com uma produtividade por unidade de área duas a dez vezes superior
à da agricultura industrial (5).
A “economia verde” representa o assalto final sobre
a natureza e a vida. Movimentos sociais como La Via Campesina (6) e a Campanha
pelas Sementes Livres defendem o caminho inverso: o fim à comodificação e privatização da
natureza, nomeadamente a terra, as sementes e a água, a
proibição das
tecnologias que não oferecem garantias de segurança nem
equidade como a geo-engenharia e a engenharia genética e uma
aposta séria na via
da pequena agricultura camponesa para alimentar o mundo.
Para melhor informação. http://www.sosementes.gaia.org.pt/
NADA NEM NINGUÉM VIRÁ SALVAR-NOS,TEMOS DE SER NÓS A FAZÊ-LO.
mário
mário
Post scriptum:
Já depois de ter escrito esta mensagem,mesmo a talhe de foice,chegou-me esta informação,já se sabia,mas vale pela importância científica de quem o diz. http://soproleve.blogspot.pt/2012/06/as-farmaceuticas-bloqueiam-medicamentos.html .
Verde, verde, só mesmo...a ESPERANÇA.
ResponderEliminarAbraço Mário.