quarta-feira, 11 de junho de 2014

COMUNICADO-SEM COMENTÁRIOS

NOTA À COMUNICAÇÃO SOCIAL

PROTESTO NO DIA DE PORTUGAL EXIGIU A DEMISSÃO DE QUEM HIPOTECA O FUTURO DA PÁTRIA

Cerca de duas centenas de professores da região centro juntaram-se a outros tantos trabalhadores e cidadãos que, na Guarda, exigiram a demissão do governo. Este protesto, que teve lugar em 10 de junho, Dia de Portugal, teve por objetivo exigir a demissão de um governo que, sem legitimidade política e em evidente quebra de apoio social, tem vindo a hipotecar o futuro de Portugal e dos portugueses. Um governo que, pelas políticas que desenvolve e pela forma como capitula perante interesses estrangeiros, não é patriótico, razão por que exigir a sua demissão no Dia de Portugal faça ainda mais sentido.
Claro que se compreendem as reações de alguns que, incomodados com o protesto, tentam agora desviar as atenções para aspetos que nada tiveram a ver com ele, designadamente a indisposição do Presidente da República (que, no local em que se encontravam os manifestantes, não foi percetível, não só pela distância, como pelo facto de o som estar desligado) e afirmando que este é um dia de consenso e compromisso nacional.
E fica a pergunta: Consenso em torno de quê? De serem retomados os cortes salariais? De continuarem a ser despedidos milhares de trabalhadores? De continuarem a ter de emigrar milhares de jovens a quem o país não oferece futuro? Da destruição da Escola Pública, tal como prevê a reforma do Estado? Do empobrecimento cada vez maior de Portugal e dos portugueses para que seja paga uma dívida que não pára de crescer? A nada disto o SPRC e os professores podem dar o seu consenso e o compromisso que assumem é o de continuarem a combater políticas que empurraram Portugal para a situação em que se encontra e que os atuais governantes pretendem prosseguir.
Neste protesto, os que legítima e pacificamente manifestavam a sua exigência, foram vítimas de diversas provocações feitas por polícias à paisana que, no local, se misturaram com a população procurando criar um clima hostil aos manifestantes que os levasse a abandonar o local, mas sem êxito. Depois de sucessivos insultos dirigidos a quem protestava e exigia a demissão do governo, o acolhimento destes provocadores junto da população presente foi reduzido, a eles se juntando, apenas, alguns conhecidos quadros partidários locais.
Da parte dos manifestantes, não houve a reação pretendida por quem provocava: nem resposta, nem saída. Provavelmente frustrados, alguns dos que antes tentavam provocar o desacato decidiram, então, quando os manifestantes já se retiravam, assumir a condição de agentes policiais e identificaram alguns dos presentes.

Para o SPRC, o tempo não é de consenso ou compromissos em torno de políticas que destroem Portugal e a vida dos portugueses, pelo que apela a todos os docentes e investigadores para que se unam em defesa da Democracia, da Constituição da República, da Escola Pública e da Profissão de Professor.
Com esse objetivo, o SPRC marcará forte presença na Manifestação que, no próximo sábado, dia 14, juntará no Porto muitos milhares de trabalhadores exigindo, para Portugal, outra política e outro governo.

A Direção

SEM COMENTÁRIOS.

mário

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