MEDIA PAF
Tornou-se
praticamente impossível ler jornais. A televisão dispensa o advérbio.
Isto faz lembrar o PREC mas no PREC houve resposta. Entre Abril de 1974 e
Novembro de 1975, a Direita dava pinotes com a imprensa de Esquerda,
que eram todos os títulos de referência vindos do antigamente. Mas como a
Direita não dorme em serviço, a CIP financiou um vespertino
alternativo, o Jornal Novo. Dirigido por Artur Portela Filho, o Jornal
Novo começou a publicar-se em 17 de Abril de 1975. Nesse tempo, a
Direita fazia manifs em frente ao Diário de Notícias, então dirigido por
Luís de Barros e Saramago, gritando horas a fio: O diário é do Povo,
não é de Moscovo!
Chegou o 25 de Novembro e, com ele, um blackout
imposto à imprensa. Entre 25 de Novembro e 10 de Dezembro não se
publicaram jornais, com excepção do Expresso, que durante dois meses
manteve duas edições por semana: quartas e sábados. Em 11 de Dezembro
regressou às bancas o Diário Popular, com a direcção de Jacinto Baptista
intocada. As direcções do Diário de Notícias, que só regressou a 22 de
Dezembro, do Diário de Lisboa, de A Capital, etc., foram entregues a
jornalistas da confiança do PS e do PSD. A Direita civilizada relaxou,
mas a Direita radical fundou dois novos jornais: O Dia, matutino
ultraconservador dirigido por Vitorino Nemésio, que começou a
publicar-se a 11 de Dezembro (ou seja, no dia do regresso do Popular); e
O Diabo, semanário faca-nos-dentes dirigido por Vera Lagoa, que começou
a publicar-se a 10 de Fevereiro de 1976. Hoje não há alternativa. O
pensamento único veio para ficar.
Publicado por Eduardo Pitta no seu blogue Da Literatura
PARA QUEM PERDEU A MEMÓRIA.
A DIREITA NÃO ESQUECE, NEM PERDOA,
EU TAMBÉM NÃO.
mário
terça-feira, 9 de fevereiro de 2016
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A TAP já voa baixinho
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