O cheiro escatológico no ar da Guarda lembrou uma história:
Uma bastarda,umas vezes apoiada pelos senhores feudais, outras vezes fingindo repudiá-la, para receber uma maquia vitalícia, tanta falta lhe fazia, não tinha outros rendimentos legais, nunca tinha trabalhado e nada sabia fazer, era ignorante e inapta, arrogante e tiraneca, para além de viver de favores pouco legais do senhor feudal, tinha de ter um filho.
Desesperava.
Ninguém queria ser o pai.
Mesmo os mais boçais fingidos amigos de conveniência não se disponibilizavam.
Desesperada.
Como havia de sobreviver.
Teria de ir servir?ser servo da gleba?para outras terras?
Eis senão quando começa a inchar-lhe a barriga.
O que teria acontecido?
Quem seria o pai do bastardito?
Chegado ao fim do tempo regulamentar, nada.
Aflitos, lá a levaram ao médico.
Examinada daqui, examinada dali, lá veio o veredicto:
Eram só gazes.
mário
quarta-feira, 14 de agosto de 2013
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário